segunda-feira, 22 de outubro de 2012


AS CIÊNCIAS DA TERRA NA IDADE MÉDIA (1)

Primeiro texto de uma trilogia sobre as Ciências da Terra na Idade Média que nos foi enviada pelo Professor Galopim de Carvalho e que muito agradecemos.

Escolástica

Cronologicamente situada entre, aproximadamente, os séculos V e XV, a Idade Média foi um tempo de alastramento do cristianismo e da vida cultural na Europa ocidental, sobretudo através do surgimento de mosteiros da Ordem Beneditina. Seguidores de São Bento de Núrcia (480-547) os monges desta comunidade cristã, iniciadores do movimento monacal, foram os herdeiros da cultura latina e os depositários do essencial do saber do mundo antigo, com destaque para Santo Isidoro de Sevilha (560-636), considerado o primeiro dos grandes enciclopedistas medievais, que nos deixou Etymologiae sive origines, obra monumental em 20 volumes, na qual estão registados os conhecimentos da época sobre matemática, astronomia, medicina, anatomia humana, zoologia, geografia, meteorologia, geologia, mineralogia, botânica e agricultura.

Este grande erudito, que foi arcebispo de Sevilha, canonizado em 1598 e proclamado Doutor da Igreja em 1722, não observou nem experimentou, não descobriu nada de novo nem reinterpretou ideias antigas, pelo que não inovou. Limitou-se a compilar o saber disponível na época, o que não deixa de ter a maior importância na história do saber científico. Durante este período, o estudo e o ensino transitaram dos mosteiros e conventos para as chamadas escolas catedrais, criadas por toda a Europa, centros de sabedoria que, por seu turno, foram substituídos por universidades [1] nas cidades mais importantes, privilegiando o ensino de disciplinas como teologia, gramática, retórica, dialéctica (lógica), aritmética, geometria, astronomia, direito, medicina e música.

A filosofia natural, herança da Grécia antiga, não era ainda uma disciplina autónoma. Era dentro da medicina que se falava de plantas e de algumas pedras (minerais e outras fantasias) com realce nas suas virtudes terapêuticas e mágicas.

Com a queda do Império Romano do Ocidente, na segunda metade do século V, parte importante do conhecimento produzido e ensinado na Antiguidade sobreviveu graças à recuperação das obras clássicas feitas, sobretudo, por tradutores árabes e judeus. A par da filosofia grega assim recuperada e da alquimia herdada das culturas chinesas, babilónicas e egípcias, foi o tempo da escolástica (do grego scolastikós, instruído), o método de pensamento dominante no ensino nas universidades medievais europeias. Entendida como um via de harmonização da razão com a fé, esta disciplina procurou conduzir a filosofia no interesse da teologia ou, numa outra versão, conciliar o pensamento de Aristóteles com a doutrina da Igreja.

As obras escritas, então publicadas, revelam a redescoberta do fundador do Liceu de Atenas e da sua ênfase no racionalismo e no empirismo, numa corrente do pensamento que conduziu à introdução da lógica nas ideias e no discurso teológico, constituindo uma via interessada em abordar, conjuntamente, a razão e a verdade da fé.

Ao longo do século X, os membros de uma fraternidade de filósofos ismaelitas, conhecida por “Ikhwan al-Safa”, expressão árabe traduzível por “Irmãos da Pureza”, que se pensa terem vivido em Bassorá, no Iraque, escreveram colectivamente, uma enciclopédia com mais de 50 volumes (Rasa'il Ikhwan al-safa') inspirada nas filosofias pitagóricas, platónicas, aristotélicas e na do próprio Corão. O principal objectivo destes “Irmãos” era o conhecimento do Universo, na sua grande harmonia e beleza, apontando a necessidade de uma preocupação que fosse para além da existência material.

Nesta enciclopédia descreveram, como grande modernidade, conceitos fundamentais da geodinâmica externa, hoje por demais evidentes, mas inovadores para a época. Diz-se aí que “a erosão destrói perpetuamente as montanhas e que o escorrer das águas pluviais arrasta rochedos, pedras e areia para o leito das torrentes e rios”; diz-se ainda que, “por seu turno, ao escoarem-se, os rios acarretam tais materiais para os pântanos, lagos e mares, onde os acumulam sob a forma de camadas sobrepostas”. Escreveram aí que os continentes, uma vez arrasados, ficavam ao nível do mar, um ensinamento que é uma notável antecipação ao conceito de peneplanície formulado, em finais do século XIX, pelo geomorfólogo norte-americano William Morris de Davis.

Uma outra ideia que, embora errónea, testemunha a preocupação desta comunidade de filósofos pelo conhecimento do planeta, diz que, “estando o mar cheio de sedimentos trazidos dos continentes, o seu nível subia e as águas invadiam as terras”. Assim, segundo eles, “periodicamente, todos os 36 000 anos, as planícies se transformavam em mares”. Nesta concepção, igualmente errónea, de ciclicidade, já apontada por Aristóteles, no século IV a.C, diz-se ainda que “as terras actuais são antigos fundos marinhos e que os mares do presente serão futuros continentes”.

[1] Salermo, Bolonha, Paris, Oxford. Montpelier, Arezzo, Salamanca, Pádua, Orleães, Roma, Siena, Lisboa, entre muitas outras.

Continua.

http://dererummundi.blogspot.pt

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Descoberta no Atlântico, lesma fotossintética


É uma pequena lesma marinha com três centímetros de comprimento, que vive na costa atlântica da América do Norte, e que tem um poder até agora desconhecido na Natureza entre o reino animal: depois de comer uma alga adquire a capacidade de fotossíntese característica das plantas.
Chama-se "elysia chlorotica" e foi descoberta por uma equipa de investigadores de universidades norte-americanas e da Coreia do Sul, liderada por Mary Rumpho-Kennedy, professora de bioquímica e investigadora na Universidade do Maine. Segundo a revista científica 'New Scientist', a lesma marinha "é a forma suprema de energia solar: come uma planta e torna-se fontossintética".
Este híbrido animal-planta gelatinoso de cor verde parece uma folha de árvore e conquista essa capacidade - que se mantém durante vários meses - com genes provenientes da alga que come, a "vaucheria litorea".
O pequeno ser obtém os cloroplastos - isto é, os objectos celulares verdes ricos em clorofila que permitem às células das plantas converter a luz solar em energia - e armazena-os nas células ao longo do seu intestino.
O mais curioso é que as "elysia chlorotica" no estado jovem que se alimentem de algas durante duas semanas, podem viver o resto das suas vidas - um ano, em média - sem comer.
Mas os cientistas ainda não conseguiram descobrir tudo sobre este estranho ser marinho, como reconhecem num artigo publicado na revista de referência mundial 'Proceedings of the National Academy of Sciences'.
Com efeito, os cloroplastos contêm ADN para codificar apenas 10% das proteínas necessárias para os manter activos e a equipa norte-americana está a ponderar várias explicações para este mistério. Mas, apesar disso, Mary Rumpho-Kennedy admite que "estes organismos fascinantes podem transformar o próprio ensino dos princípios básicos da biologia".

Texto publicado na edição do Expresso de 29 de Novembro de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O azevinho- Uma espécie quase extinta em Portugal

Este trabalho foi classificado com nota 3( máximo era 4) pela doutora Cristina Carapeto da Universidade Aberta






AZEVINHO




1- Caracterização da espécie



Familia: AQUIFOLIÁCEAS
Espécie: Ilex aquifolium
Grupo: Folhosa
Altura: 4 a 8 metros
“O azevinho é uma árvore ou arbusto de folha persistente, de porte médio que pode atingir quinze metros ou até mesmo mais.


Possui uma copa em forma de coluna,larga, em geral densa. Esta planta cresce nos matos, bosques e florestas da Europa Ocidental Central e do Sul.
Os ramos verdes, inicialmente pubescentos, tornam-se depois glablos e brilhantes. As folhas, verde escuras, são quase sempre espinhosas. O tronco é direito, os ramos horizontais, podendo os inferiores tocar o solo, permitindo assim a sua propagação por mergulhia.
As folhas apresentam consistência coriácea, variáveis no tamanho, são em geral ovaladas e , ou lanceoladas, e de comprimentos que podem variar, podendo atingir 10 cm de comprimento e 5 cm de largura. São brilhantes e de cor verde escura, na página superior, mas baças na página inferior. As do tipo juvenil são onduladas e espinhoso-dentadas e as do tipo adulto são planas e inteiras.
A forma das folhas pode variar na mesma planta entre os ramos mais velhos e a parte baixa com folhas espinhosas enqaunto que a parte superior e os rmaos novos podem ter folhas desprovidas de espinhos.
A floração ocorre em Abril , até Junho. As flores podem ser de tamanho variável de 6 a 8 mm, e nascem em pequenos grupos, nas axilas das folhas.
O cálice é constituido por quatro peças soldadas e uma corola de cor branco- creme ou rosada, com quatro lóbulos levemente soldados na base ou quase livres.
É uma espécie dióica, pois tem flores femininas e masculinas distribuídas por pés diferentes, sendo por isso as femininas qs que apresentam as drupas globosas, vermelho – vivas.


A casca dos ramos velhos é cinzenta clara e lisa e nos ramos novos é verde.


1- Localização e caracterização do seu habitat
É chamada uma “árvore da sombra”, pois suporta o coberto de árvores maiores. O tipo de solo é indiferente para esta planta, que prefer no entanto regiões com pluviosidade média ou alta, e altitudes que não vão acima dos 1300 m.
Encontra-se no Norte da Península Ibérica, em bosques de carvalhos, ao lado das faias, das azinheiras e dos pinheiros.
Renova bem o cepo, e pode ter uma longevidade de 300 anos.
Faz parte da floresta autóctone em qause toda a Europa e na Ásia Menor. Por cá, encontra-se no Norte nas serras do Larouco, Barroso, Padrela, Alvão, Montemuro, e Sintra.
Já a observei por cá, nos bosques de Miranda do Corvo, mas já há muitos anos que não encontro nenhum exemplar, em estado natural, uma vez que , nos jardins, ainda se vai podendo observar.

2- Generalidades

È considerada uma planta ornamental, em sebes e jardins, e suporta bem as podas. A sua madeira é branca, homogénea e pesada, de boa qualidade para ser utilizada em marcenaria.

Há muitas variedades , sendo vorazmente procurada na época natalícia, a tal ponto que corre o risco de extinção.

3- Medidas de Conservação
Totalmente proibido o seu corte em Portugal, pelo Decreto-Lei n.° 423/89 de 4 de Dezembro
“O azevinho tem sido tradicionalmente usado como ornamento característico da quadra natalícia, o que motiva uma procura que, embora de incidência sazonal, se tem revelado cada vez mais intensa nos poucos locais onde ainda é possível encontrá-lo espontâneo. Esta colheita, que antigamente consistia apenas no desbaste de alguns ramos de cada indivíduo, o que satisfazia um consumo não muito grande e mais ou menos localizado nas regiões de ocorrência, tem vindo a tornar-se cada vez mais intensa, praticando-se, sistemática e indiscriminadamente, uma desrama quase ou mesmo total, que provoca a morte das plantas, muitas vezes exemplares de grande beleza e raridade, com várias centenas de anos. Dado que esta espécie pode ser e tem sido cultivada com êxito, para exploração comercial, entende-se que a sua cultura é aconselhável com o objectivo de acautelar a manutenção dos exemplares espontâneos de azevinho do nosso território, quer se encontrem em áreas protegidas ou equiparadas, sob jurisdição do Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da Natureza, da Direcção-Geral das Florestas ou de outras entidades, quer se encontrem em outras zonas.”( In http://www.fapas.pt/lei-azevinho.html)
As coimas podem ascender aos 10 000 euros
4- Principais Problemas
Não basta criarmos reservas e parques. Os ecologistas trabalham com as comunidades locais, no sentido preservar a totalidade dos sistemas naturais, mas um sistema de protecção da biodiversidade assente em parques, reservas e outras designações não é suficiente. Temos que proteger os ecossistemas como um todo, e não apenas uma ou outra espécie. Na Natureza tudo está relacionado, interligado e nós temos que ter uma “ visão ecossistémica” dos problemas. Integrada. Eficaz.
Os ecossistemas não conhecem fronteiras politicas nem outras ...
5- Soluções – Algumas ideias
O Homem mudou a face do planeta, como até hoje nenhum outro ser vivo fez...As transformações ocorrem cada vez mais velozes... Moldamos o nosso habitat, mas não somos os únicos que o fazem, mas somos únicos no rasto de destruição que deixamos.
Alterámos ecossistemas, poluimos rios, aquecemos o planeta, desmantelámos as florestas, que são a base da vida na Terra.
Esburacámos, aplanámos, queimámos... E agora?
As florestas armazenam carbono, regulam o clima, purificam o solo, a água e o ar. Previnem deslizamentos de terra, inundações e erosão, para além de nos protegerem e salvaguardarem a biodiversidade.
Da floresta retiramos madeira, papel, lenha, alimentos, remédios, e muitas outras coisas.
Parece pois evidente, que se ainda quisermos reabilitar o planeta, se ainda quisermos parar o ciclo destrutivo, é para as florestas que nos devemos voltar em primeiríssimo lugar.




6- Bibliografia
http://arvoresdeportugal.free.fr/IndexArborium/Ficha%20AzevinhoIlexaquifolium.htm,23 de Maio
www.fapas.pt/lei-azevinho.html, 23 Maio
http://www.naturlink.pt/, 23 de Maio
http://www.jornalnordeste.com/index.asp?idEdicao=195&id=8108&idSeccao=1840&Action=noticia, 23 Maio
(Fotos)
http://biosabermais.wordpress.com/2007/05/26/vamos-salvar-o-azevinho/ , 18 Maio
http://fotografiadejoaopalmela.blogs.sapo.pt/201297.html, 23 Maio


sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Charentes há 95 milhões de anos


Realiza-se hoje uma conferência no Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, com o título «A região de Charentes (SW de França), 95 milhões de anos atrás: Floras, Faunas e Ambientes excepcionais».Romain Vullo, do Laboratoire de Paléontologie, Géosciences, Université de Rennes/ Unidad de Paleontología, Departamento de Biología, Facultad de Ciencias, Universidad Autónoma de Madrid, que vem a Portugal fazer trabalho de campo sobre o Cenomaniano da região de Lisboa, falará sobre os fósseis, tanto de plantas como de animais, que foram identificados nas jazidas da região de Charentes, bem como sobre os paleoambientes que se desenvolveram ao longo desta série transgressiva cretácica.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Como já referi num post anterior, 2008 será o Ano Internacional da Rã, uma medida que visa alertar para a necessidade de medidas que evitem a extinção dos anfíbios, dos quais cerca de um terço das espécies conhecidas estava ameaçado em 2006.
O fungo Batrachochytrium dendrobatidis, causador da quitridiomicose, tem sido associado à extinção e ao declínio de espécies de anfíbios em várias regiões do mundo. Um grupo de investigação da Nova Zelândia declarou ontem ter encontrado uma possível cura para a doença, o cloramfenicol, um antibiótico de largo espectro hoje em dia utilizado apenas para tratar conjuntivites bacterianas.

Os cientistas decidiram publicitar a sua descoberta mesmo antes da publicação da mesma numa revista científica, dada a gravidade da situação que levou o presidente da Associação Mundial de Zoos e Aquários (WAZA) a compará-la à «extinção que dizimou os dinossauros do planeta».

Os cientistas banharam exemplares de duas espécies, Litoria ewingii e L. raniformis, numa solução do antibiótico e verificaram que não só os conseguiam curar completamente da quitrídia como o tratamento os tornava resistentes a novas infecções.

«Normalmente não esperamos que os antibióticos façam alguma coisa aos fungos. Mas fazem. Não percebemos porque razão o fazem, mas o que é certo é que isso acontece», comentou Russell Poulter, um dos cientistas que colaborou no projecto. Acrescentando que «tem a vantagem de ser incrivelmente barato».

Embora seja de facto barato, parece pouco provável que o tratamento agora descoberto possa ser utilizado fora de instalações veterinárias ou de investigação. De facto, o cloroanfenicol é uma substância completamente banida em todas as circunstâncias que possam resultar na sua ingestão pelo homem já que causa anemia aplástica, uma doença caracterizada por pancitopenia (déficite de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas).Por outro lado, Ana Carolina Carnaval, do Museu de Zoologia de Vertebrados da UCBerkeley e co-autora de um artigo sobre a rã-de-corredeira, Hylodes magalhaesi -uma espécie cujo habitat é a mata atlântica brasileira -, acredita que o fungo não é por si só responsável pelas extinções e declínio de populações observadas. De acordo com a cientista (artigo em formato pdf na revista Amphibian and Reptile Conservation), foi detectada quitridiomicose em populações que não estão em declínio, pelo que pensa tratar-se de um caso de sinergia entre a micose e outros factores, nomeadamente aumento de poluição, alterações climáticas, perda de habitat e demais alterações ambientais, opinião partilhada por outros herpetólogos.

O desaparecimento de anfíbios foi discutido pela primeira vez há quase 20 anos,no I Congresso Mundial de Herpetologia, realizado em Inglaterra, em 1989. Foram estabelecidas várias iniciativas que visam perceber as causas e dimensão desta catástrofe, como, por exemplo, a Avaliação Global de Anfíbios (GAA) ou a Rede de Análise de Anfíbios Neotropicais Ameaçados (Rana). Desde então, dezenas de espécies desapareceram e muitas mais encontram-se à beira da extinção (relatório de 2005 em formato pdf). A destruição de habitats é certamente uma causa não despicienda. Por esse motivo, mais que antibióticos, para salvar os anfíbios urge conservar esses habitats, principalmente os locais de reprodução.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007


A edição de ontem da revista Nature é acompanhada por uma notícia intitulada «Greenhouse-gas levels accelerating», que dá conta de uma aceleração no ritmo de emissão de CO2 para a atmosfera. Enquanto na década de 90 se verificou uma aumento anual das emissões de cerca de 1.3%, o boom económico do século XXI - especialmente na China e na Índia - foi acompanhado por um boom equivalente nas emissões de gases de efeito de estufa, cerca de 3.3% ao ano a partir de 2000.

Pep Canadell, que lidera o Global Carbon Project e publicou um dos estudos analisados nesta notícia, sugere ainda que os tanques de carbono da Terra, especialmente os oceânicos, já não funcionam tão eficientemente como em meados no século passado e por isso menos CO2 atmosférico é retirado do sistema:


«Há cinquenta anos, se emitissemos 1 tonelada de CO2, os tanques [como os oceanos] removiam 600 quilogramas. Agora removem 550 kg e esta quantidade está a diminuir».Outro dos artigos mencionados na notícia da Nature, publicado no Journal of Geophysical Research, reitera as afirmações de Canadell. Ute Schuster e Andrew Watson, da Universidade de East Anglia em Norwich, utilizaram dados recolhidos por instrumentos colocados em navios comerciais para concluir que em algumas zonas do Atlântico Norte a capacidade do oceano para remover CO2 diminuiu para menos de metade desde meados dos anos 90.

A descoberta dos dois cientistas surge apenas três meses após outra equipa ter descrito que o mesmo se passa no Oceano Polar Antártico. Esta diminuição drástica na capacidade de absorção de CO2 nos oceanos sugere que nem o tratamento de emergência prescrito por James Lovelock para a «patologia do aquecimento global» será suficiente para reduzir os níveis de CO2 na atmosfera terrestre.

domingo, 21 de outubro de 2007

Mais uma espécie descoberta!!!


Foi agora descrita uma nova espécie de ave - Formicivora grantsaui ou de nome comum a papa-formigas-do-Sincorá.